tag:blogger.com,1999:blog-87506300816435395242024-02-20T23:21:23.351-08:00FormaçãoSeminário São Francisco de Assishttp://www.blogger.com/profile/03390491367227694760noreply@blogger.comBlogger4125tag:blogger.com,1999:blog-8750630081643539524.post-22573785201315836532011-03-19T07:14:00.000-07:002011-03-19T07:14:45.617-07:00Quaresma<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Neste tempo especial de graças que é a Quaresma devemos aproveitar ao máximo para fazermos uma renovação espiritual em nossa vida. O Apóstolo São Paulo insistia: "Em nome de Cristo vos rogamos: reconciliai-vos com Deus!" (2 Cor 5, 20); "exortamo-vos a que não recebais a graça de Deus em vão. Pois ele diz: Eu te ouvi no tempo favorável e te ajudei no dia da salvação (Is 49,8). Agora é o tempo favorável, agora é o dia da salvação." (2 Cor 6, 1-2). </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Cristo jejuou e rezou durante quarenta dias (um longo tempo) antes de enfrentar as tentações do demônio no deserto e nos ensinou a vencê-lo pela oração e pelo jejum. Da mesma forma a Igreja quer ensinar-nos como vencer as tentações de hoje. Daí surgiu a Quaresma. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Na Quarta-Feira de Cinzas, quando ela começa, os sacerdotes colocam um pouquinho de cinzas sobre a cabeça dos fiéis na Missa. O sentido deste gesto é de lembrar que um dia a vida termina neste mundo, "voltamos ao pó" que as cinzas lembram. Por causa do pecado, Deus disse a Adão: "És pó, e ao pó tu hás de tornar". (Gênesis 2, 19) </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Este sacramental da Igreja lembra-nos que estamos de passagem por este mundo, e que a vida de verdade, sem fim, começa depois da morte; e que, portanto, devemos viver em função disso. As cinzas humildemente nos lembram que após a morte prestaremos contas de todos os nossos atos, e de todas as graças que recebemos de Deus nesta vida, a começar da própria vida, do tempo, da saúde, dos bens, etc. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Esses quarenta dias, devem ser um tempo forte de meditação, oração, jejum, esmola ('remédios contra o pecado'). É tempo para se meditar profundamente a Bíblia, especialmente os Evangelhos, a vida dos Santos, viver um pouco de mortificação (cortar um doce, deixar a bebida, cigarro, passeios, churrascos, a TV, alguma diversão, etc.) com a intenção de fortalecer o espírito para que possa vencer as fraquezas da carne. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Na Oração da Missa de Cinzas a Igreja reza: "Concedei-nos ó Deus todo poderoso, iniciar com este dia de jejum o tempo da Quaresma para que a penitência nos fortaleça contra o espírito do Mal". </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sabemos como devemos viver, mas não temos força espiritual para isso. A mortificação fortalece o espírito. Não é a valorização do sacrifício por ele mesmo, e de maneira masoquista, mas pelo fruto de conversão e fortalecimento espiritual que ele traz; é um meio, não um fim. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quaresma é um tempo de "rever a vida" e abandonar o pecado (orgulho, vaidade, arrogância, prepotência, ganância, pornografia, sexismo, gula, ira, inveja, preguiça, mentira, etc.). Enfim, viver o que Jesus recomendou: "Vigiai e orai, porque o espírito é forte mas a carne é fraca". </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Embora este seja um tempo de oração e penitência mais profundas, não deve ser um tempo de tristeza, ao contrário, pois a alma fica mais leve e feliz. O prazer é satisfação do corpo, mas a alegria é a satisfação da alma. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Santo Agostinho dizia que "o pecador não suporta nem a si mesmo", e que "os teus pecados são a tua tristeza; deixa que a santidade seja a tua alegria". A verdadeira alegria brota no bojo da virtude, da graça; então, a Quaresma nos traz um tempo de paz, alegria e felicidade, porque chegamos mais perto de Deus. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Para isso podemos fazer uma confissão bem feita; o meio mais eficaz para se livrar do pecado. Jesus instituiu a confissão em sua primeira aparição aos discípulos, no mesmo domingo da Ressurreição (Jo 20,22) dizendo-lhes: "a quem vocês perdoarem os pecados, os pecados estarão perdoados". Não há graça maior do que ser perdoado por Deus, estar livre das misérias da alma e estar em paz com a consciência. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Jesus quis que nos confessemos com o sacerdote da Igreja, seu ministro, porque ele também é fraco e humano, e pode nos compreender, orientar e perdoar pela autoridade de Deus. Especialmente aqueles que há muito não se confessam, têm na Quaresma uma graça especial de Deus para se aproximar do confessor e entregar a Cristo nele representado, as suas misérias. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Uma prática muito salutar que a Igreja nos recomenda durante a Quaresma, uma vez por semana, é fazer o exercício da Via Sacra, na igreja, recordando e meditando a Paixão de Cristo e todo o seu sofrimento para nos salvar. Isto aumenta em nós o amor a Jesus e aos outros. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Não podemos esquecer também que a Santa Missa é a prática de piedade mais importante da fé católica, e que dela devemos participar, se possível, todos os dias da Quaresma. Na Missa estamos diante do Calvário, o mesmo e único Calvário. Sim, não é a repetição do Calvário, nem apenas a sua "lembrança", mas a sua "presentificação"; é a atualização do Sacrifício único de Jesus. A Igreja nos lembra que todas as vezes que participamos bem da Missa, "torna-se presente a nossa redenção". </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Assim podemos viver bem a Quaresma e participar bem da Páscoa do Senhor, enriquecendo a nossa alma com as suas graças extraordinárias; podendo ser melhor e viver melhor. </span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Felipe Aquino</span></div>Seminário São Francisco de Assishttp://www.blogger.com/profile/03390491367227694760noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8750630081643539524.post-1113712832801072302009-04-06T06:52:00.000-07:002009-04-06T07:01:21.215-07:00A pedagogia de Francisco de Assis<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh20o-DSE-howIYVZ4OekUCWk6zaBYFMG6T1rQ5Ft-8FSCd-8QXLVL61ZQfJCBl4BqSVXd31T40rsLDiQKN2fLeBgNOzVHg7LFUT5LtvA3IMQyPYvOjNGUmC8rB5Km8dJ6aOYEINbANSgQ/s1600-h/Imagem+041.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5321577845999547794" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 129px; CURSOR: hand; HEIGHT: 178px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh20o-DSE-howIYVZ4OekUCWk6zaBYFMG6T1rQ5Ft-8FSCd-8QXLVL61ZQfJCBl4BqSVXd31T40rsLDiQKN2fLeBgNOzVHg7LFUT5LtvA3IMQyPYvOjNGUmC8rB5Km8dJ6aOYEINbANSgQ/s320/Imagem+041.jpg" border="0" /></a> <span style="font-size:85%;">Ainda hoje, o mundo contempla os ensinamentos deixados por Francisco de Assis. A sua relação com Deus e com os homens mostra como ele entrou na dinâmica do verdadeiro encontro consigo e com outro. A partir da descoberta do profundo amor de Deus, que se manifestou de forma concreta na encarnação do verbo, Francisco começou a traçar um caminho que conduz o homem à verdade de si mesmo e do outro. Por isso, podemos falar de uma pedagogia de Francisco de Assis.<br />Podem-se encontrar autores que se deparam com essa pedagogia e mostram a sua atualidade para o homem pós-moderno. Um deles é Max Scheler, fundador da fenomenologia dos valores, que via em Francisco de Assis alguém que ousou realizar uma síntese dentro de um processo vital, que é a mística do amor omnimisericordioso, acósmico e pessoal. Via nele um homem que não olhava só para baixo, mas também para cima. O que Scheler afirma é que Francisco soube conviver muito bem com as realidades humanas e divinas. Francisco partiu do humano para chegar ao divino. Por isso, ele traz Deus para junto de seu povo. O Deus de Francisco é um Deus que caminha com seu povo e que quis estar junto dos seus por meio de seu Filho Jesus Cristo.<br />Para Scheler, ao superar os limites da criatura e do mundo, Francisco cria uma síntese de tal forma que as dimensões humana, pessoal, fraterna e religiosa e as dimensões criatural e cósmica concorrem para dar origem ao momento utópico da harmonização global. É a harmonia entre Deus, natureza e homem. Por isso, Francisco foi capaz de louvar o criador por toda a obra da criação.<br />Olhando a vida do santo, podemos perceber os traços de seus ensinamentos nos seguintes acontecimentos: quando procura o sultão e gera a possibilidade do dialogo; no encontro com o lobo de Gúbbio, que despertou o desejo de paz; na vivência da pobreza, que possibilitou a liberdade e que gerou no ser humano a gratuidade da qual brota o amor e o perdão; na relação com a criação, que gera a responsabilidade pela ecologia; e na acolhida da morte, como uma reconciliação global. Por tudo isso, a pedagogia do santo de Assis é tão atual e ao mesmo tempo desafiadora. A visão de Francisco foi uma visão do ser humano e a capacidade de cada criatura se relacionar com Deus e com toda sua criação.<br />Em seu livro Francisco de Assis: um caminho para educação, frei Orlando Bernardi, OFM, afirma que a grande revelação franciscana, ou seja, a grande pedagogia de Francisco de Assis foi perceber no leproso o caminho que conduz a Deus. Naquela cena, acontece o encontro com uma das criaturas mais temidas de seu tempo. Ao se deparar com o leproso, Francisco começa a fazer um encontro consigo mesmo, porque vendo a miséria do outro consegue perceber que também é um homem com fragilidades e debilidades. Enxerga que poderia estar naquela mesma situação. Assim, descobriu no leproso um ser humano igual a todos e digno de ser abraçado e beijado. Desse modo, o encontro com o leproso se torna uma verdadeira revolução antropológica, é uma nova descoberta do homem realizada por Francisco.<br />Frei Orlando, explicando o encontro de Francisco com o leproso, mostra que Francisco teve misericórdia e que manifestou o vivo amor que ardia em seu coração. Ele experimenta a misericórdia como uma força misteriosa e surpreende, que se abriga no coração humano e que transforma o amargor em doçura de corpo e alma. Além disso, ela possui a capacidade de revelar a grandeza do humano frente à mais deprimente das situações da vida.<br />Tudo isso aconteceu porque a maneira de agir de Francisco foi diferenciada. O que prevalecia nos seus ensinamentos era um caminho comum, onde todos tinham oportunidade de crescerem no verdadeiro seguimento de Jesus Cristo. Aqui se pode acrescentar que a fraternidade franciscana é totalmente antropológica e que tem por finalidade buscar o sentido da vida e realização humana.<br />É muito importante ter em mente que o caminho percorrido pelo pobre de Assis foi de profundas experiências humanas. Estas o levaram a fazer verdadeiras experiências místicas. Ele soube viver o seu tempo e também transformá-lo. Diante dos acontecimentos, ele traçou planos que visavam levar homens e mulheres a procurar alternativas para as situações mais insustentáveis, por tomarem consciência de que são pessoas amadas por Deus. Fez tudo isso, seguindo o caminho fixado no Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, porque o livro de sua pedagogia foi o Evangelho.<br />Assim, pode-se perceber que toda pedagogia de Francisco está no empenhar-se com todas as forças em ser fiel a Cristo e seu Evangelho. Assim, o homem pode ser fiel e a si mesmo para conseguir manter o seu propósito desde a experiência de Jesus Cristo, pobre e crucificado. Ele também apontou caminhos que ainda hoje precisam ser observados para superar certos conflitos existentes. Deste modo acontecerá a construção do Reino de Deus. O ponto de partida é a descoberta do ser humano com toda sua grandeza, mas ao mesmo tempo com sua fragilidade. Porque foi no abraço do leproso que Francisco descobriu o ser humano em toda sua miséria e grandeza. Foi com o leproso que se manifestou a presença da fragilidade e da força que sustenta a esperança e alimenta o futuro. Uma característica da espiritualidade franciscana é perceber a presença de Deus nos pobres e todos aqueles que vivem à margem da dignidade humana.<br />O grande ensinamento que o poverrello de Assis apresenta ao mundo moderno é a capacidade de sonhar com dias melhores e que outra sociedade é possível, baseada unicamente na pratica do amor. Ele apresentou Jesus Cristo como o formador dos sonhos e das utopias humanas, capaz de garantir a possibilidade de todos viverem em busca do verdadeiro ideal de uma fraternidade universal, que é um sonho que se pode realizar.</span></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;"></span> </div><div align="right"><span style="font-size:85%;"><strong>Frei Fernando de Araújo</strong></span></div>Seminário São Francisco de Assishttp://www.blogger.com/profile/03390491367227694760noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8750630081643539524.post-17233846309920890432008-12-23T12:29:00.000-08:002008-12-23T12:46:16.320-08:00São Francisco e o presépio (Natal de Jesus)<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9qGLDUUwzF2p9zvAnS2GaiMJFHhg-L0qa-SHEUmAim_cmiYmH6yyhEqyPX2dHvNlpVYPO2fBwIG54ecY3OPxg9nqqj6ZIwervcwVyTITJ9xCHbnucAj8b0egmNn6MYHLSG4KXuHiZ71E/s1600-h/presepio.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5283089499482853154" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 268px; CURSOR: hand; HEIGHT: 182px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9qGLDUUwzF2p9zvAnS2GaiMJFHhg-L0qa-SHEUmAim_cmiYmH6yyhEqyPX2dHvNlpVYPO2fBwIG54ecY3OPxg9nqqj6ZIwervcwVyTITJ9xCHbnucAj8b0egmNn6MYHLSG4KXuHiZ71E/s320/presepio.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify">Nós todos aprendemos a gostar de São Francisco ao longo de nossa vida. Encontramos vestígios dele no rosto de certos irmãos e de muitas irmãs. Difícil dizer o que mais encanta. Tudo nele é força na fragilidade e ternura vigorosa. Por vezes, por vezes mesmo, ele nos lembra Cristo Jesus. Os dois se parecem demais.<br />Gostamos de vê-lo, simples, despojado, caminhando pelas ruas, dizendo que o Amor não é amado. Vai gastando todas as suas energias para dizer a todos os homens que será preciso mudar o coração, fazer penitência.<br />Ficamos extasiados ao vê-lo passar horas, noites e dias em oração. Ele é o amante das grutas e dos espaços virgens onde a mão humana pouco se faz presente. A impressão que se tem é que Francisco faz sua vida desenrolar-se continuamente na presença de Deus. Ele não é homem de oração. No dizer de Celano, ele é a própria oração. Tarefa alguma pode fazer com que venhamos a perder o espírito de oração e da santa devoção. Por sua vida, ele assim nos ensina.<br />Gostamos de freqüentar Greccio, nossa Belém. Nunca ninguém soube tão bem festejar o nascimento de Deus na terra dos homens: palha, despojamento, frades encantados e extasiados, homens e mulheres com tochas acesas e Francisco, feito um dançarino de Deus, cantando a glória do Menino das Palhas, no Menino Pobre, do Deus que se toma criança.<br />Gostamos de nos sentar contemplativamente diante da rudez e majestade do La Verna. Frei Francisco, Frei Leão, o irmão falcão, os abismos, o verde, o serafim e as chagas de Jesus na carne de Francisco nos envolvem e nos encantam.<br />Gostamos de ver Francisco caminhando pelas terras da Úmbria atrás dos leprosos, dos mais abandonados, fazendo-se amorosamente presente na vida das pessoas.<br />Por vezes, gostamos de imaginar esse bando de gente simples, de pés no chão, de braços alevantados, estes frades com Francisco, louvando o Senhor, deixando que o sol, que o Irmão Sol lhes queimasse o rosto e sendo acariciados pelo suave Irmão vento ou pela Irmã Brisa. Gostamos de ver chegar Irmã Jacoba nos derradeiros momentos, trazendo a mortalha do Pai e aqueles doces de amêndoa que só ela sabia fazer e de que ele tanto gostava. Gostamos do Francisco humano, verdadeira e belamente humano.<br />Gostamos de ver Francisco como aquele que tudo descomplica: sem preocupações mundanas, sem bens materiais, sem cultivo do ego, sem vontade de aparecer, não reclamando nada.<br />A impressão que se tem é que Cristo veio outra vez viver entre nós na delicada e vigorosa figura de Francisco de Assis.</div><br /><div align="center"><br /><strong><span style="font-size:85%;">(Texto extraído do livro “Por que todos andam atrás de ti?”, de Frei Almir Ribeiro Guimarães)</span></strong> </div>Seminário São Francisco de Assishttp://www.blogger.com/profile/03390491367227694760noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8750630081643539524.post-41107274186433320022008-11-29T19:12:00.000-08:002008-11-29T20:21:05.275-08:00Advento<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMSp1nlc598fIYgjYw36HVSbY1jiR_hIhGwP3RB8HfSfh8H5F9Eyi_CccjEHiXbGl970Ewo7i36-0yeILa5I4wKAF83zLJFiwrhtS94Olm_5GSX5uWwbbiIWFPTfyrJ3JQGkazpeQn_vk/s1600-h/freifelipeg.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5274300496527571410" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 133px; CURSOR: hand; HEIGHT: 200px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMSp1nlc598fIYgjYw36HVSbY1jiR_hIhGwP3RB8HfSfh8H5F9Eyi_CccjEHiXbGl970Ewo7i36-0yeILa5I4wKAF83zLJFiwrhtS94Olm_5GSX5uWwbbiIWFPTfyrJ3JQGkazpeQn_vk/s320/freifelipeg.jpg" border="0" /></a><br /><span style="font-size:85%;"><em>TEMPO DE PREPARAÇÃO PARA A VINDA DO SENHOR NA GRAÇA....<br /></div></em></span><br /><div align="justify"><br /><span style="font-size:85%;">Que é para nós o Advento? Sempre que nos deparamos com essa pergunta, a resposta que segue é simples: é uma preparação para a vinda do Senhor na graça. É o tempo de preparação para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. O advento é, portanto, o tempo de desejo, de aspirações, de esperanças e expectativas. Só nos alimentamos, quando temos fome. É necessário que tenhamos fome e sede de Deus. Deus não quer impor a sua graça às almas que não O desejam. Àqueles que têm fome, Ele enche de bens.<br />Assim, a Igreja na sua sabedoria coloca diante de nós, com grande maestria, quatro semanas para sentirmos essa fome espiritual, essa necessidade de Redenção. É tempo de graça (Kairos). Ela desperta em nós esse desejo fazendo recordar dramaticamente a primeira vinda do Senhor.<br />Para preparar a humanidade para essa vinda é nos mostrado três grandes elementos, a saber: o Antigo Testamento, S. João Batista e a SSma. Virgem Maria. O porta-voz e intérprete do Antigo Testamento é Isaías, com suas inúmeras profecias messiânicas; tantos outros profetas aguardaram a vinda deste Deus. Nossa Mãe, a Igreja, faz dessa revelação um princípio para a sua liturgia.<br />São João Batista (o segundo elemento) é arauto e precursor da vinda de Cristo; a Igreja fez dele o arauto e o precursor da segunda vinda, pois até hoje ele nos prega as mesmas palavras: “Convertei-vos, o reino de Deus está próximo” (Mc 1, 15).<br />O primeiro desejo de Deus é de se manifestar como homem, não como Deus terrível e sim como um verdadeiro Emanuel (Deus Conosco), chamou uma nobre mulher para cooperar no plano da salvação. Nós cristãos não podemos nunca se esquecer desse maravilhoso fato. Como o advento é a preparação da vinda de Jesus na graça, que modelo mais belo poderemos encontrar do que a Virgem Maria Mãe de Deus? Deus “quis que tudo nos viesse por meio de Maria”! (S. Bernardo).<br />Um tríplice acordo: Isaías, São João Batista e a Virgem Maria, um conjunto harmonioso. Os santos desejos, a penitência, a união com Deus, eis o que deve ser para nós o advento.<br />As principais antífonas adventícias nos preparam para essa chegada. Nas primeiras semanas, cantamos: “Adoremos, o Rei que vai chegar”; na terceira (gaudete) acentuando a expectativa, cantamos: “Adoremos, o Senhor que já esta perto”. “Alegrai-vos no Senhor, repito alegrai-vos”. (Fl 4,4).<br />As palavras do Cristo dirigidas ao Pai nos acentua esse desejo, essa expectativa: adveniat regnum tuum (venha a nós o Teu reino – Mt 6,10). Esse reino deve crescer e expandir na vida de nossa alma e na missão da Igreja. Deve ser nosso maior e sincero desejo. Que este reino de verdade e de vida, reino de santidade e graça, de justiça, de amor e de paz (Prefácio de Cristo-Rei) venha a nós todos os dias. </span></div><span style="font-size:85%;"><br /><div align="justify">É necessário, pois, conservar a “inocência na simplicidade, a concórdia na caridade, a modéstia na humildade, a diligência no governo, a atenção em ajudar os pobres, a constância em defender a verdade, a justiça na severidade da disciplina, para que não falte em nós nenhuma das virtudes”. (Mediator Dei, 152).<br />A atitude de escuta e espera caracteriza a Igreja e o cristão nesse tempo, por que o Deus da revelação é o Deus da promessa. Agora vemos “como num espelho”, mas virá o dia em que “veremos face a face”. (I Cor 13,12). Portanto, juntemos nossa voz à voz da esposa, para como os primeiros cristãos, cantar e rezar a grande exclamação escatológica: “Maranathá: Vem, Senhor Jesus”. (Ap 22, 20).<br /></span></div><br /><strong><span style="font-size:85%;">Frei Luis Felipe Carneiro Marques, OFM Conv.<br />29/ 11/ A.D. 2008 – I Vésperas do I Domingo do Advento</span></strong>Seminário São Francisco de Assishttp://www.blogger.com/profile/03390491367227694760noreply@blogger.com0